- Detalhes
A volta ao jardim: em Paris, a nova Champs-Élysées
A prefeita Anne Hidalgo quer reduzir o tráfego automóvel na avenida. Imagem: PCA-Stream.
No início de janeiro último, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou que a Avenida Champs-Élysées, entre o Arco de Triomphe e a Praça de la Concorde, será transformada, até 2030, em um “jardim extraordinário”¹. Para tanto foi destinado um orçamento de 230 milhões de euros. A obra nasceu do pleito do Champs-Élysées Committee, associação que reúne moradores, trabalhadores e comerciantes da Avenida. A proposta se alinha com o projeto original da Avenida, concebido em 1666 por André Le Nôtre, o notável paisagista da corte de Luís XIV. Ao longo da história a Champs-Élysées foi modificada e ampliada, e se transformou em um dos símbolos da França, palco de comemorações cívicas como em 1944, diante da libertação da França após a ocupação nazista, e manifestações políticas e culturais. Ao longo do século XX tornou-se um distrito de negócios de alto dinamismo, lugar que sedia alguns dos mais importantes escritórios corporativos da Europa, lojas altamente sofisticadas, e um tráfego de 3.000 veículos por hora.